segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Novo ministro do Esporte (Aldo Rebelo - PCdoB) toma posse em cerimônia no Palácio do Planalto


A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (31) que o novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, tem “plenas condições” de assumir os programas da pasta e estabelecer relações claras com todos os entes envolvidos com a preparação da Copa do Mundo de 2014. Na cerimônia de posse do novo integrante do governo no Palácio do Planalto, que contou a participação do embaixador honorário da Copa, o ex-jogador Pelé, a presidenta ressaltou ainda que Aldo Rebelo deverá buscar soluções para preservar as leis em vigor no país.
“Estou certa que o novo ministro do Esporte saberá empreender, realizar e, quando for o caso, negociar a busca de soluções em que todos ganhem, principalmente e especialmente, o Brasil e o povo brasileiro, sem que a ninguém seja imposto abdicar de princípios e direitos legais em vigor no país.”



No seu discurso, Dilma Rousseff defendeu também a manutenção das políticas públicas e a participação do PC do B em seu governo.
“As mudanças podem ocorrer, pessoas podem nos deixar, mas as políticas e as linhas de ação terão que ser preservadas. Perco um colaborador, mas preservo o apoio de um partido cuja presença no meu governo considero fundamental”, disse a presidenta.
Solenidade – A cerimônia foi marcada por despedidas e apresentações. O ex-ministro do Esporte Orlando Silva agradeceu à presidenta Dilma o apoio, a confiança e a solidariedade, defendeu seu partido e apresentou seu sucessor no cargo.
“Falo com altivez que faço parte da mesma tradição, do mesmo partido que Aldo Rebelo. Mais uma vez, sua capacidade vai encantar.”
No seu discurso de posse, o novo ministro do Esporte privilegiou o futebol. Para Aldo Rebelo, no Brasil, futebol é fator de integração, afirmação e identidade nacional.
“Ninguém escapa ao fascínio e à influência que o futebol exerce. E o Brasil apoia a festa mundial do futebol”, disse Aldo Rebelo, citando a paixão de escritores e músicos por seus times.
Elogiando seu antecessor, o novo ministro defendeu o legado de Orlando Silva.
“Aceito com humildade esse desafio que se torna mais leve, menor, exatamente pelo que foi construído e realizado até agora”, disse.
E já que o tema era futebol, a presidenta Dilma emprestou do ex-presidente Lula uma metáfora para encerrar a cerimônia e anunciar um novo começo.
“Hoje colocamos a bola no chão, reiniciamos o jogo, e vamos para o ataque por um Brasil mais justo e mais desenvolvido. Essa será a vitória de todos nós.”
http://blog.planalto.gov.br/novo-ministro-do-esporte-toma-posse-em-cerimonia-no-palacio-do-planalto/

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Nota oficial do PCdoB sobre a saída de Orlando Silva do Ministério do Esporte

26 DE OUTUBRO DE 2011 - 20H03 

Ministro do Esporte, Orlando Silva, entrega o cargo


“Essa vai ser uma conversa rápida que estão me esperando em casa para cantar os Parabéns”, disse o ministro do Esporte, Orlando Silva, ao anunciar a sua saída do ministério, após reunião com a Presidente Dilma, nesta quarta-feira (26), no Palácio do Planalto. O aniversário a que ele se referia era o da mãe dele. Após o ministro, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo disse que caberá à Presidente da República nomear o sucessor. “O que posso adiantar é que a Presidenta vai resolver isso logo”.




Ele disse que ao examinarem a crise dos últimos dias, decidiu que “nosso Partido não pode ser instrumento de nenhum tipo de ataque ao governo, por isso o resultado da reunião é que a melhor solução é me afastar do governo”, afirmou. A Presidente apoiou a decisão.



E pediu aos jornalistas que continuem acompanhando os fatos para que, em breve espaço de tempo, “possam dedicar as mesmas páginas apresentadas até aqui para mostrar a verdade que está comigo”. 

Orlando disse que, afastado do Ministério, poderá defender “com mais ênfase, a minha honra” e que continuará defendendo “o meu governo e o sucesso e o trabalho do Ministério do Esporte”. E também enfatizou a luta em defesa do seu Partido, “que tem uma história tão bonita, que tem mártires e identidade com a luta dos trabalhadores”.

“Hoje completa 12 dias que sofri ataque baixo, vil, baseado em mentiras, que produziu crise política”, avaliou Orlando, justificando a sua saída: “Eu tenho compromisso com governo da Presidente Dilma, o nosso partido participa desse governo, e temos orgulho da orientação política do governo. Somos entusiastas da condução firme da presidenta Dilma na grave crise internacional”, afirmou.

As mesmas palavras foram ditas pelo presidente do Partido. Renato Rabelo lembrou que “o PCdoB mantém grande intimidade e identidade com a Presidenta Dilma e os rumos desse governo. O partido não está no governo porque caiu de paraquedas, mas por que tem aliança desde o Presidente Lula e com o PT desde 1989, participou de todas as eleições presidenciais e evidentemente contribuímos para a vitória de Lula em 2002, 2006 e para Presidente Dilma em 2010”.

Rabelo defendeu, como fez desde o início, o ministro Orlando Silva, “porque é um ministro honesto, competente, sincero, jovem com grande capacidade. Nada foi provado do que o acusam. Toda acusação foi montada em cima de pessoas desqualificadas”, destacando que “se o país e os partidos verdadeiramente democráticos fossem considerar essa montagem como coisa séria, seria retrocesso para o nosso país”.

Para Renato Rabelo, “o ministro foi bombardeado por calúnia, montagem sórdida”, o que causa muita indignação ao PCdoB, mas que não se intimida. “Não nos intimidamos diante dessas tentativas e manobras para desmoralizarem o Partido, que tem história, fisionomia e ideologia. Não nos intimidamos. Aliás nunca nos intimidamos”, concluiu. 

O PCdoB distribuiu nota com a imprensa em que afirma que os comunistas seguem "de cabeça erguida". Leia a íntegra do seu pronunciamento.

Dando seguimento à escalada de tentativas de desestabilização do governo da presidente Dilma Rousseff, desde o último dia 15 o campo político reacionário do país e veículos do monopólio de comunicação desencadearam uma criminosa campanha difamatória contra o ministro Orlando Silva e o Partido Comunista do Brasil.

O PCdoB, neste momento, vem reafirmar a convicção na inocência e integridade de Orlando Silva no exercício da titularidade do Ministério do Esporte. Esta convicção é baseada na ausência absoluta de provas, na fonte desqualificada que o acusa, e na sinceridade e na segurança com que ele sustenta que não há fatos que o incriminem.

Ressaltamos que desde a primeira hora Orlando defendeu com altivez sua honra e dignidade. Demonstrando segurança de que tudo deriva de uma campanha difamatória, de pronto ele solicitou a investigação provocada pelo Procurador-Geral da República junto ao Supremo Tribunal Federal. Além disso, pediu à Polícia Federal e a outros órgãos de controle do Estado uma apuração rigorosa das falsas acusações que lhe foram lançadas.
Também abriu mão de seus sigilos telefônico, fiscal, bancário e de correspondência.

É importante assinalar que a gestão de Orlando Silva à frente do Ministério do Esporte elevou esta pasta a outra dimensão. Prova disso é a conquista da realização no Brasil da Copa do Mundo e das Olimpíadas.

Destacam-se, também, as políticas aplicadas e o sucesso que alcançaram tanto em termos de difusão massiva de práticas desportivas, quanto aos recordes alcançados pelo Brasil em competições e o aumento do número de nossos atletas com nível de desempenho internacional, como fica evidente com o desempenho da delegação brasileira nos Jogos Pan-Americanos, no México.

O Partido Comunista do Brasil uma vez mais rechaça os ataques contra sua legenda, igualmente caluniosos e sem provas. Nosso Partido tem 90 anos de história de luta e de heroísmo em defesa do Brasil e da democracia. Nossa legenda tem um perfil ideológico claro e um Programa Socialista que defende o fortalecimento da Nação e uma vida digna para o nosso povo. A verdadeira “caçada” movida contra ele pelo campo político reacionário do país e veículos do monopólio midiático vem do seu fortalecimento crescente na condição de um Partido contemporâneo e revolucionário.

Porém, entendemos que esse ataque não é somente contra a liderança de Orlando Silva e o nosso Partido. O objetivo das forças conservadoras e da grande mídia é golpear o governo da presidente Dilma Rousseff quando ela lidera com êxito o enfrentamento dos efeitos da crise capitalista mundial sobre o Brasil.

O Partido e o companheiro Orlando Silva estão de cabeça erguida e altiva diante desta campanha infame. O tempo e as investigações irão demonstrar que tudo não passa de calúnia. A verdade – estamos convictos – vai prevalecer sobre a mentira. O PCdoB, com a unidade de seu coletivo militante e apoio do povo e dos aliados, reafirma seu compromisso com a luta pelo êxito do governo Dilma na sua missão de conduzir o Brasil à nova etapa de seu desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho.

Brasília, 26 de outubro de 2011.
Renato RabeloPresidente do Partido Comunista do Brasil-PCdoB

Programa Nacional do PCdoB

Assista abaixo o vídeo do Programa Nacional do PCdoB exibido em 20 de outubro. Conheça um pouco mais de nossa história, das pessoas que estão ao nosso lado!!!

domingo, 23 de outubro de 2011

Sobre as denúncias e o massacre da mídia contra o PCdoB

Não adiantaria nada defender mais uma vez que as “acusações” contra o PCdoB até agora não passam de “acusações”. Que provas ainda não foram apresentadas e que os denunciantes até aqui são pessoas que foram desligadas de programas como o Segundo Tempo exatamente por suspeitas de fraude.

Também seria inútil lembrar que todo brasileiro deveria ter a presunção da inocência. A imprensa brasileira não acredita nessa parte da nossa Constituição e não há o que faça essa postura mudar. O importante (porque é o que vende) é acusar. Provar é para quem tem responsabilidade, mas aí já não é mais o caso de grande parte da imprensa, certo?

Então gostaria apenas de fazer uma reflexão, já que são poucos os espaços democráticos da imprensa e que a internet virou o único espaço onde o PCdoB pode se manifestar de alguma forma:

A grande imprensa (revistas, jornais e até televisões embora aí sejam apenas concessões) tem DONOS, não tem? Quem são eles? Quais são seus interesses?

Será que a grande imprensa é formada apenas por pessoas sérias, responsáveis e idôneas? Será que essas empresas são o ÚNICO setor da sociedade que está livre de corrupção e de conchavos?

Por que será que não aparecem denúncias contra essas pessoas? Será que TODO jornalista e TODO grupo empresarial jornalístico atua pensando apenas em “divulgar” notícias e informações conferidas?

Quem sustenta essa “grande mídia”? Essas empresas, anunciantes etc não tem interesses? Será que quando contrariados, esses empresários não poderiam encomendar notícias para difamar esse ou aquele grupo?

O ministro Orlando Silva faz parte de uma corrente do Governo Federal que está batendo de frente com a FIFA. Se a legislação da copa for aprovada como quer o governo, a FIFA perderá alguns milhões de dólares… Consequentemente, isso seria repassado a seus anunciantes e seus parceiros… Isso não tem nada a ver com as denúncias ao ministério? Será??? Quem garante?

A Globo, uma das principais parceiras da FIFA e a detentora de um enorme grupo de jornais, revistas e outros meios de comunicação é extremamente ligada ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira. A presidenta Dilma não gosta do cartola. Ela nem sequer o recebeu nas últimas solenidades, como no Sorteio dos Grupos da Copa de 2014, que aconteceu no Rio de Janeiro.

Se grande parte da imprensa sempre fica com os pés atrás em relação ao governo, achando que sempre estão sendo cometidos atos de corrupção, também podemos ter receio em relação aos órgãos de imprensa e seus anunciantes, ou não?

Por que será que nunca vemos dono de revista, de jornal ser preso?! Será que são todos honestos? Então talvez a solução do país seja elegermos apenas jornalistas para vereadores, prefeitos, deputados, senadores e presidente da república, não é? A única classe totalmente séria e idônea da sociedade!

Fica a reflexão…
Um grande abraço,
André de Mattos

domingo, 16 de outubro de 2011

Qual é afinal a diferença entre o PCdoB e os outros partidos?

Vamos começar tentando entender o que significa o nosso nome. PCdoB significa "Partido Comunista do Brasil". Mas o que busca uma organização comunista? 

Segundo o próprio site do PCdoB, o Partido Comunista "busca a conquista do poder político colocando o socialismo como a tarefa fundamental para levar a sociedade a um estágio superior de organização e convivência, sem exploração do homem pelo homem e sem classes sociais: o comunismo".

Portanto, em poucas palavras, o PCdoB quer que todas as pessoas tenham os mesmos direitos, as mesmas oportunidades, as mesmas chances de ter uma vida melhor. Os comunistas querem que todos conquistem isso juntos, em um só grupo.  

Para alcançarmos isso, no entanto, há um longo caminho. Hoje, vivemos no sistema capitalista. O capitalismo defende exatamente o oposto, ou seja, cada um luta pelo melhor para si, ou para a sua família. Não importa se as outras pessoas passam fome, o importante é que eu e minha família estamos bem.

Por isso, para que nós comunistas consigamos alcançar algum resultado, precisamos agir sempre de forma social, ou seja, temos que envolver a ação conjunta das pessoas e das classes sociais interessadas na transformação da sociedade. Temos que agir de forma partidária, buscando soluções para todos. 

Essa é a principal diferença entre o PCdoB e os demais partidos. Nós defendemos que todos tem os mesmos direitos e precisam ter as mesmas oportunidades, não importa quanto dinheiro possuam. Por que o mais rico pode dar uma educação de qualidade a seus filhos e o mais pobre não? Por que o mais rico pode ter um atendimento de saúde bem feito e o mais pobre não? Por que quem é mais rico pode ter segurança e quem é mais pobre não? O que faz o rico ser mais importante que o pobre? Nada!

O problema é que tem muita gente ganhando dinheiro e vivendo bem com as coisas do jeito que estão. 

A escola pública sendo ruim, por exemplo, permite que muitas pessoas ganhem dinheiro oferecendo escolas particulares. Quando os postos de saúde não funcionam direito, obrigam aquelas pessoas que tenham um pouco mais de dinheiro a pagar um plano de saúde. Se a polícia falha, quem pode acaba contratando empresas de segurança, compra alarmes, carros blindados. Assim, muitos enriquecem comandando essas empresas. 

É por isso que os serviços públicos não funcionam. Não é por acaso! Enquanto o sistema capitalista existir, dificilmente isso será mudado. 

Não podemos, porém, desistir de lutar. Muito pode ser feito, enquanto o sistema capitalista não acaba. É só olharmos como fez diferença eleger o presidente Lula em 2002. O PCdoB apoiou o seu governo e também apóia a presidenta Dilma.

Apoiamos porque nesses últimos 08 anos os mais pobres (em sua maioria trabalhadores) tiveram ganhos muito importantes. O ProUni, por exemplo, permitiu que mais de 900.000 alunos que não tinham dinheiro pudessem fazer uma universidade, com bolsas do governo. O aumento do crédito permitiu que as pessoas mais simples pudessem melhorar sua qualidade de vida, comprando eletrodomésticos, automóveis e, principalmente, sua casa própria.

São essas melhorias que nós do PCdoB queremos fazer aqui na nossa cidade. Foi essa a razão de criarmos o PCdoB Bombinhas.

André de Mattos

domingo, 9 de outubro de 2011

Cabe às massas ser o sujeito histórico da revolução?

 Uma revolução social (...) é uma transformação que se realiza espontaneamente (...) Ela não acontece por ordem de um chefe com uma teoria acabadinha (...) Uma revolução (...) verdadeiramente não é obra de ninguém - Proudhon

     Para que, ao declinarmos sobre essa ou aquela teoria, nossa atitude não seja vista como uma atitude covarde ou preguiçosa, para que não nos tomem como alguém que busca esconder-se atrás de livros ou frases prontas, é necessário que tracemos o longo e árduo caminho da pesquisa e da criticidade, é necessário que se avalie essa ou aquela teoria diante dessa ou daquela realidade, pois foram construídas para momentos e épocas certas, que poderão, ou não, serem revividos de maneiras análogas por outras épocas. Diante dessa explanação cabe um breve relato da realidade de Rosa Luxemburgo, idealizadora da teoria conhecida como espontaneidade das massas, cabe trazer diante de nossos olhos a realidade que reverberava diante dos olhos de nossa autora, qual seja de uma Alemanha partidariamente organizada, porém cujo partido, tão bem fixado na politica, era dono de uma ação conservadora, partido esse, dito de esquerda, mas que, tantas vezes encontrou-se a direita das massas. Assim para onde podemos olhar, agora com os olhos de Rosa Luxemburgo? Não poderia ser para outro lugar, que não para as massas. E ai começa sua diferenciação em relação a maiorias dos marxistas de sua época, para Rosa, o poder deveria ser tomado de baixo para cima, devendo ser o primeiro objetivo a busca pela emancipação das massas e, como consequência a ela, a revolução socialista, pois não pode a revolução ser ensinada em cartilhas, mas, sim através da prática, cabendo aos partidos políticos, não liderá-las, mas sim acompanhá-las, educá-las, trazê-las a ação e auxiliá-las quando encontrarem-se perdidas, pois não é substituindo a obediência ao Estado pela obediência a um partido revolucionário que a massa se emancipará, mas sim quebrando essa obediência servil e desenvolvendo a autodisciplina voluntária e crítica, é caminhando com suas próprias pernas que a massa alcançará a revolução e não sendo guiada de mãos atadas por partidos políticos limitados a organização social vigente.
Logo, a construção de teorias fundamentadas de acordo com realidades históricas individuais é o que permite uma melhor leitura e, consequentemente, um melhor plano de ação social. O que cabe perguntar agora é se, encontramo-nos diante de uma massa consciente, pronta para a revolução social, ou tentamos conduzi-las, quando não as abandonamos, a uma revolução que tão pouco conseguem entender? Cabe ao partido rever seu papel de motorista na história da revolução e retomar seu papel de educador para que possam, massa e partido, caminhar juntos rumo a revolução social, não limitando-se as reformas tão bem representadas pelos últimos.